quarta-feira, 24 de março de 2010

pra variar um pouco

Pra deixar sua vida um pouco mais decente, largue dos vícios, deixa toda essas manias de lado. Viva de acordo com seus limites. E morra de velhice.
Ou não. Mude os vícios; ache algo que satisfaça um pouco mais do que aquele antigo cigarro, substitui aquele café por um chá, talvez um mate gelado.
Liberte-se do inferno que a sua vida esteja; construa novos vícios, encha-se de manias, ignore os erros. Se auto-idealize, às vezes isso só faz bem pra alma.
Pra mudar de vício, só com um vício melhor.
Não tem vício melhor que o meu.
Saia pra viajar à toa, leve sua heroína contigo, não tire seu fone de ouvido jamais - não há nada pra ser ouvido no mundo atualmente mesmo.
Não perca suas manias. Não se perca.
Joga fora as ideologias parasitas do sistema, joga no lixo os panfletinhos de propagandas de eleição, queima todos os lixos.
Mas não queima sua memória, não queima sua memória.
Pode ser inútil, mas é bom ter nostalgia de vez em quando.

Gaste o telefone, use a internet em excesso, fume o quanto quiser, beba até parar no hospital, deixe sua pressão cair ou tenha hipoglecemia. Tanto faz, você não vai viver pra sempre.
Siga sua própria ideologia. Seja o próximo Cazuza - não, não o copie, é impossível.
Crie uma nova receita, faça o melhor bolo do mundo, use drogas, corte o cabelo, roube, tenha ciúmes, use os outros, vire socialista, idolatre os estados unidos, mande uma mensagem pra um ex, agarre um futuro amor, se mate.

Faça o que você quiser, pelo amor de algum deus que possivelmente exista.
Minhas regras só existem para que eu as quebre, as suas não?
Pinta fora das margens e tenta apagar o erro, seja mais humano. Seja mais robótico. Seja o que quiser, porra.


Mude o mundo. Ou mude.
(...Mas você não seria o primeiro)